Vincenzo Pastore apresenta Catuma: “Queremos fazer a diferença”

Da sua experiência de ótico para a marca própria, o empresário italiano, esteve em Portugal para dar a conhecer o seu projeto, que conta com mais de dez anos de existência. Peças pensadas na funcionalidade com o design ao centro Catuma Eyewear chega a Portugal com vontade de conquistar clientes em todos os quadrantes. Foi numa manhã chuvosa, no hotel Eurostars de Cascais, que estivemos à conversa com Vincenzo Pastore. Recém- chegado a Portugal, este ótico de profissão, traz na bagagem o sonho de dar a conhecer ao mundo Catuma Eyewear, a marca de óculos de que tanto se orgulha e que constrói um conceito especial em eyewear há uma década. Depois da marca independente se ter afirmado no mercado italiano, Vincenzo quer afirmar-se ainda mais a nível europeu e Portugal é o ponto de partida.

Como surgiu a ideia de criar a sua própria marca?

A Catuma nasceu em 2012 da minha vontade enquanto ótico, porque em 2004 abri a minha primeira loja. Cheguei a ter nove espaços de ótica multimarca na Itália para uma faixa média alta. Também abri um laboratório de lentes e em 2012 senti uma enorme necessidade de me diferenciar. Estávamos num período em que só as grandes marcas na área da moda estavam a ir para Itália, ao mesmo tempo que surgiam insígnias de empresários independentes. E o fenómeno foi transversal ao mundo da ótica mais ou menos também nesta altura. Ao lado das marcas clássicas, como Tommy Hilfiger, Prada, Armani, começam a aparecer marcas de designers independentes ou de nicho. E a Catuma é uma delas. Apesar de ser ótico nunca parei. Sempre estive atento aos outros setores. Observo o público. E, com o surgimento das primeiras marcas independentes na moda, entendi que o mundo dos acessórios também poderia seguir esse caminho, e assim foi.

E foi fácil entrar no mercado como marca independente?

Não se trata de ser fácil ou difícil. O que fiz e costumo fazer em todas as atividades que tenho, é criar a estrutura. Depois a equipa. Esse é o desafio. De facto, com o tempo, começámos a alargar e a compor o nosso trabalho na Catuma, construindo todo o processo de raiz. Tornámo-nos sócios de uma empresa de fabrico e criámos uma boa parceria. Todas as companhias que produzem eyewear estão concentradas em Cadore, na região do Vêneto. Cadore é considerada a ‘cuna’ [isto é berço] da indústria italiana de óculos.

E o facto de trabalhar em ótica sente que foi uma vantagem na hora de produzir? Foi sem dúvida uma mais-valia. Conhecer o setor, a exigência dos clientes, as suas necessidades, saber o queriam ajudou bastante. No fundo, é perceber o que o mercado precisa, para depois desenhar e concretizar os ideais dos consumidores. A Catuma é uma marca que se ajusta ao formato do rosto e isso aprende-se com o contacto próximo com as pessoas. Estamos sempre disponíveis para ouvir e perceber o que o mercado precisa e aprecia a cada coleção. A Catuma é uma marca muito flexível e quero fazer algo que seja útil, quero que possa ser vendida também pela sua funcionalidade.

 

Entrevista completa na Millioneyes 143