Nathalie Blanc está agora presente em Portugal. Representada pela DMDI, a marca parisiense foi apresentada em Lisboa, na Puróptica, a 15 de dezembro, e em Coimbra, na Iris by Oculista, a 16 de dezembro. A criadora esteve presente e foi entrevistada em exclusivo pela Millioneyes, em Lisboa. Natural da capital francesa, casada, com duas filhas e 53 anos, a designer falou da sua marca, da sua visão acerca da ótica e deixou escapar outras paixões que a movem: a decoração de interiores, o vinho e a culinária, por exemplo.
Quando pela primeira vez pensou em envolver-se com o eyewear, o que lhe parecia faltar ao setor?
No início eu era ótica e trabalhava com bastantes marcas. Sentia sempre que faltava nas minhas lojas uma coleção feminina que fizesse as mulheres bonitas. Achava que os criadores naquela época viam sempre primeiro os óculos antes de verem as mulheres. E queria fazer uma coleção em que primeiro se visse a mulher e só depois os óculos. Então decidi desenvolver uma linha de eyewear pura, mesmo sabendo que trabalhar com o simples é sempre muito mais difícil do que trabalhar com coisas mais complicadas…
De que modo os designs da Maison Nathalie Blanc se distinguem dos demais e o que os inspira?
Pelo facto de ter começado como ótica e ter esse know-how técnico acumulado ao longo de 20 anos, pude trazer todo um saber para as minhas criações que normalmente os outros designers não têm. Isso fez os meus modelos rapidamente vendáveis nas lojas, já que além de terem linhas bonitas, são híper-confortáveis e muito eficientes do ponto de vista técnico. Criei, portanto, produtos inexistentes no mercado e desenvolvi novas tendências, aliando a minha paixão pelo design e o meu conhecimento técnico em ótica. Eu levo em consideração o ângulo pantoscópico, a amplitude nasal, o tamanho das hastes, ou seja, toda a morfologia dos óculos. Logo de início outras marcas até tentaram copiar os meus segredos, mas não conseguiram.
Entrevista completa na Millioneyes 118