Um estudo norte-americano publicado na prestigiada plataforma de comunicação médica JAMA Ophthalmology revelou que resumos em linguagem simples gerados por inteligência artificial podem melhorar a comunicação entre oftalmologistas e os profissionais de cuidados de saúde primários, nomeadamente os optometristas.
A investigação, conduzida por equipas da Mayo Clinic e da Universidade da Califórnia em Los Angeles, analisou mais de 850 interações clínicas em que foram integrados resumos gerados por modelos de linguagem de larga escala nas notas médicas de oftalmologia. Os resultados deram bons indicadores com 85 por cento dos clínicos não oftalmologistas a preferiram os resumos simplificados, referindo maior compreensão diagnóstica, satisfação com o detalhe e clareza das informações.
Apesar de uma taxa de erro de 26 por cento, a maioria foi considerada de baixo risco, sem impacto grave na segurança do doente. Os autores defendem que esta abordagem pode facilitar os cuidados colaborativos, tornando a informação médica mais acessível. No entanto, alertam para a necessidade de monitorização contínua antes da aplicação clínica alargada.