Henrique Nascimento: primeira tese de doutoramento em visão desportiva

Optometrista, professor, investigador e agora doutorado, Henrique Nascimento abriu mais um capítulo da história da optometria portuguesa ao desenvolver a primeira tese de doutoramento sobre visão desportiva, de cariz internacional e com a máxima distinção. A Universidade Europeia de Madrid celebrou assim o feito do profissional luso, a 4 de março, e ainda com a presença do físico Fernando Carvalho Rodrigues, o cientista que tem acompanhado e contribuído para o desenvolvimento da optometria portuguesa. As linhas que compõem este trabalho ficam registadas na Millioneyes, em formato de resumo, como promoção de uma atividade que ganha sempre mais dimensão.

CONCLUSÕES

• O treino visual desportivo é um importante campo da optometria cuja eficácia tem sido provada ao longo dos anos, através de estudos realizados neste âmbito. A implementação deste tipo de práticas só é possível com a colaboração de treinadores e atletas, no entanto a prática e conhecimento do optometrista nesta área é fundamental e uma mais valia para os desportistas e profissionais implicados no desporto. • A visão desportiva é uma especialidade relativamente nova, pelo que se impõe mais evidência científica para confirmar os benefícios do treino visual no campo do desporto. Ainda assim, é fundamental que todos os desportistas estejam conscientes da importância do sistema visual e do impacto que pode ter no rendimento desportivo. • A bibliografia existente até à data mostra que existe uma grande variedade de ferramentas e opções no campo do treino visual, desde materiais básicos de optometria até avançados sistemas especiais para optometria desportiva. • Este estudo demonstrou ainda que as redes sociais jogam um papel importante na visão desportiva. Quanto mais poderosas forem na divulgação de notícias relacionadas com a visão desportiva, maior será o alcance e a credibilidade das pesquisas. Neste sentido, o futebol americano é o desporto que mais desperta interesse nas redes sociais, nas quais se destaca o Twitter, seguido do Facebook. • As provas de aptidão visual devem contextualizar-se mais com o desporto e, assim, dar indicações ao treino de habilidades que podem melhorar o rendimento desportivo do atleta. Isto se houver provas que o seu rendimento é inferior ao da maioria das pessoas. • O treino desportivo diário de um desportista e as qualidades inatas pertinentes à prática desse desporto não garantem que, em termos de visão, o seu rendimento seja superior a um grupo de controlo sem contacto com o desporto. • Sabendo que a visão tem muita relevância nas ações desportivas e que as habilidades visuais se podem desenvolver através de programas de treino visual desportivo, é importante continuar a realização de estudos que demonstrem que a melhoria destas habilidades podem conduzir a um melhor rendimento desportivo. Desta forma, motiva-se os desportistas, treinadores, diretores e equipas médicas para que adotem este tipo de prática.

 

Resumo completo na Millioneyes 110