Garret Leight: O eyewear nascido do eyewear

Entrevistámos um verdadeiro filho da ótica com grandes expetativas. Garret Leight é filho de uma lenda do mercado e viveu desde o nascimento entre óculos icónicos, arte e muita criatividade. A Oliver Peoples paterna, de Larry Leight, está no seu percurso, mas percorreu um caminho original que o levou a construir a Garret Leight California Optical. Muito sua, muito diferente e com muito sentido californiano, não nega as raízes, no entanto inventa uma nova história que se escreve em desenhos intemporais e em ligações com outros parceiros inventivos. Apresentamos Garret Leight!

Ter nascido sob o legado de Larry Leight, o fundador da Oliver Peoples, deve ter sido um desafio para quem se queria estabelecer em nome próprio. Como usou tudo isto para construir sua Garret Leight California Optical?

Foi tanto desafiante como proveitoso. De tantas formas, sinto-me afortunado por ter o meu pai e os seus imensos conhecimentos sobre a indústria. Eu próprio trabalhei na Oliver Peoples logo a seguir à faculdade e usei essa oportunidade para de certa maneira fazer uma espécie de “engenharia inversa” do que o mau pai construiu ali. Posteriormente, peguei em toda a aprendizagem e apliquei naquilo que queria que fosse a minha marca, que reflete quem eu sou, os meus gostos e a minha comunidade.

E como participou o Larry nesta nova aventura, em 2009?

Naquela altura, o meu pai ainda trabalhava na Oliver Peoples, depois desta ser comprada pela Luxottica, e portanto a sua participação era não-existente. Eu, claro, corria atrás dele em busca de conselhos, como pai, mas sem qualquer envolvimento no negócio quando iniciámos.

E, no entanto, acabaram por desenhar uma coleção juntos. Como o envolveu no “regresso” à ótica independente?

Não foi preciso muito (risos). Quando o seu tempo na Oliver peoples terminou, a sua energia criativa tinha diminuído muito, por causa das exigências do trabalho para uma grande corporação, em que se considera mais o objetivo final do que a visão e perspetiva do design. Quando o contrato acabou ele ainda tinha tanta ideias e visões e empenhar-se nesta colaboração foi um passo natural para a carreira dele. Aliás, a marca foi fundado sobre o meu entendimento de que o meu pai ainda tinha tanto para dar à comunidade ótica. Queria garantir-lhe uma plataforma onde fosse um crítico independente de novo e onde pudesse desenhar sem limites.

Entrevista completa na Millioneyes 114