A OCCI chamou-nos atenção já depois de sabermos que Florbela Tibúrcio se dedicava aos destinos da optometria portuguesa há muitos anos. Esta inquietude foi herança familiar do pai José Almeida Tibúrcio, dinamizador do Oculista de Benfica e um dos fundadores da União Profissional dos Ópticos e Optometristas Portugueses. Aliás, esta herança estendeu-se ainda à vida profissional de Florbela, que ficou unida à ótica até hoje. O Oculista de Benfica foi o ponto de partida de uma amizade, do encontro de sonhos, entre Florbela e a sua atual sócia, Cristina Delgado. As duas optometristas congeminaram o nascimento da maravilhosa OCCI, um recanto sensorial de luxo, fundeado nos respetivos ideais e valores e onde trabalham a optometria e a ótica num ritmo muito singular e apetecível. Aliás, “perdemo-nos” também nós na simpatia destas mulheres de discurso feliz.
É uma loja fabulosa esta, mas com uma postura muito particular. Qual a vossa definição de ótica e como se posicionam neste setor?
Florbela Tibúrcio: Quando decidimos abrir esta loja, a ideia era criar um ambiente onde as pessoas se sentissem bem. Quase uma casa, um local de conforto. Não queríamos ser mais uma ótica de tons brancos, em que o visitante se sente quase esterilizado quando entra (risos). As pessoas dizem-nos mesmo que este é um local onde apetece estar, super acolhedor. É um espaço estilo boutique e houve até um cliente que nos disse que pensava ser uma loja de bombons! E nós gostamos disso. De surpreender.
Quem eram a Florbela e a Cristina antes deste projeto? E como surgiu o Instituto da Visão?
Cristina Delgado: Nós trabalhámos durante muitos anos no Oculista de Benfica, em duas lojas diferentes. Somos ambas optometristas. E a partir de determinado momento já não nos revíamos mais no conceito em que estávamos inseridas. Então, começámos a comprar equipamentos e a tentar crescer na área técnica, com uma filosofia mais próxima daquilo em que acreditamos. Foi quando fundámos o Instituto da Visão, há 15 anos. Mais tarde, abrimos esta loja, a 13 de Janeiro de 2014, porque apenas fazíamos consultas, mas nós queríamos também experimentar a parte do negócio. Da compra e da venda.
Vivemos na sequência de uma pandemia, com uma guerra em plena Europa, alguma instabilidade política no país e os negócios online sempre a crescer. Consideram que continua a haver clientes suficientes para nutrir tantas e tantas óticas existentes no mercado?
FT: Acho difícil. E por isso mesmo é que confiamos que o próprio mercado, a própria lei da oferta e da procura é que vai lapidar o panorama e fazer prevalecer apenas os empresários que trabalham bem e que merecem. Esses são os que vão sobreviver. Acreditamos que estamos no bom caminho: trabalhando honestamente, com verdade e a acreditar naquilo que fazemos.
Que sonhos têm para a OCCI?
CD: Estamos numa fase da vida em que sentimos já ter concretizado uma grande conquista: a fundação desta ótica e o nível que com ela atingimos. Agora aquilo a que nos propomos é a manutenção do negócio neste patamar de excelência, sempre com o objetivo de conseguir mais uma ou outra marca. Fora isso, desejamos ser felizes, ter uma vida calma, poder trabalhar com um sorriso na cara. E permanecer estáveis, oferecendo sempre o melhor aos nossos clientes.
Entrevista completa na Millioneyes 122