A liderança do grupo Prats fala português. Filipe Pires trilhou um caminho de sucesso na Prats Lusitânia durante 15 anos e agora “voou” para a frente do grupo de lentes oftálmicas. A ambição máxima do novo diretor geral da empresa é colocar em destaque a qualidade dos produtos da casa que representa. Aliás, a Prats tem no seu longo currículo de 100 anos de fabrico de lentes a dianteira de tantas tecnologias e no ano em que celebra este centenário dedicado à visão renova o compromisso com os óticos e com as pessoas que se deixaram conquistar pelos seus produtos. “Embora sendo um outsider de menor dimensão, (na Prats) temos dos produtos com maior taxa de satisfação, o processo produtivo mais avançado e automatizado do mundo, soluções informáticas pioneiras e sobretudo a equipa comercial e de apoio ao cliente mais bem preparada do mercado.”
Teve “nas costas”, nesta década e meia, desafios como a concorrência feroz das grandes marcas de lentes em Portugal, as novas instalações, crises sociais e económicas, incluindo a pandemia. Descreva- -nos as estratégias impostas em cada momento e que lhe garantem a “saúde” da empresa nos dias de hoje?
Olhando para estes últimos 15 anos, fomos sem dúvida confrontados com muitas adversidades e desafios, mas voltando atrás até os recordo com uma certa saudade e até orgulho. Serei se calhar um otimista incurável, mas só me consigo lembrar da atitude de esforço e entreajuda que demonstrou a minha equipa nesses momentos mais difíceis, do apoio que sempre nos deram os nossos acionistas mesmo nas fases mais preocupantes e instáveis e da confiança dos nossos clientes que acreditaram e acreditam no nosso projeto. Acho que a principal razão por nos conseguirmos manter saudáveis e dinâmicos durante estes anos todos é a confiança inabalável na nossa visão. Poderíamos crescer mais rápido, poderíamos invejar mais outros players do mercado, mas preferimos manter o nosso caminho, dar passos medidos, e manter-nos fieis à nossa ideia que é propor produtos e serviços diferenciados para ajudar os óticos a diferenciar-se da uniformização e verticalização que está hoje em dia na moda e que representa uma clara ameaça à sua sobrevivência.
Quer-nos descrever de que forma hoje a Prats em Portugal tem a sua assinatura? Seria pretensioso achar que a Prats Lusitânia tem a minha assinatura. Tem, sim, muito do meu suor como também tem do resto da equipa, muitos deles já presentes antes da minha chegada. Acho que se há algo que consegui e do qual me orgulho foi fazê-los acreditar que, embora sendo um outsider de menor dimensão, temos dos produtos com maior taxa de satisfação, o processo produtivo mais avançado e automatizado do mundo, soluções informáticas pioneiras e sobretudo a equipa comercial e de apoio ao cliente mais bem preparada do mercado, por isso tínhamos que nos assumir como líderes e não como seguidores. Quero acreditar que ajudei a criar este reconhecimento que muitos óticos em Portugal têm pela Prats.
Entrevista completa na Millioneyes 133