O homem que pensou e sonhou a Face a Face deu-nos uma visão privilegiada do seu trabalho e da sua marca. Desde o regresso aos primórdios da insígnia de origem francesa até ao futuro que se adivinha para o setor em geral, a LookVision Portugal registou as palavras de um verdadeiro pensador do eyewear. Pascal Jaulent emana a paixão pelos óculos, brindando o mercado com criações, de facto, únicas que expressam liberdade e rebeldia.
Quando decidiu lançar a Face a Face em 1995, que valores trouxe de novo para o setor da ótica?
A nossa aventura em 1995 esteve na encruzilhada da nossa paixão pela riqueza do eyewear que consegue unir a perícia humana na sua diversidade física, cultural e psicológica. A intrincada técnica em ambos desenvolvimento dos óculos e na produção, relacionados com a geometria da lente, a criatividade, a moda, a dimensão artística concede um sentido único a este objeto tão pessoal.
E de que forma é a Face a Face diferente das restantes marcas do mercado.
Eu tenho uma abordagem totalmente conceptual na criação dos óculos e os meus projetos têm raízes numa perspetiva modernista mas altamente sensível da nossa expressão pessoal. Harmonia para uma atitude original e moderna, de forma a literalmente enquadrar a nossa visão e expressão no intenso mundo de hoje. Todos nós somos também animais muito culturais, filtrando as influências da sociedade a partir do ângulo da nossa cultura parisiense e a manifestação disso resulta numa maneira única de “dizer” cores, proporções, audácia e harmonia, vanguardismo e usabilidade.
Que objetivos tem para o futuro da Face a Face?
Pergunte a um músico, a um designer de moda, a um artista de maquilhagem quais são os seus objetivos. Querem expressar-se sempre através das melhores ideias que lhes vão surgindo permanentemente. Abrirmo-nos para outras/diferentes sensibilidades criativas é em definitivo a maneira de atravessar influências e expor cada vez mais a nossa individualidade.
Que futuro se pode esperar do setor? São as marcas independentes o próximo domínio do eyewear?
O que eu gosto neste setor é a sua imensidão e diversidade, que nos dá espaço para crescer. Servir mais pessoas e de uma maneira melhor garante-nos a esperança a todos e em particular às marcas independentes.