O encontro anual do grupo CECOP, com palco no hotel Montebelo, em Viseu, terminou com sentimento de trabalho cumprido para a equipa portuguesa do grupo. Em 2019, o programa foi alargado, entre os dias 6 e 7 de abril, para dar mais espaço à formação, às compras e ao convívio e o resultado reviu-se no número de negócios e na satisfação dos profissionais. David Carvalho, country manager, conduziu a nossa reportagem pela dinâmica desta ExpoCECOP e Jean de Contades, diretor executivo para a Europa, deu-nos uma visão ampla sobre os novos caminhos da CECOP.
O modelo desta feira/conferência promovida pela CECOP tem-se repetido nos últimos 20 anos, com sucesso demonstrado. Por isso mesmo, a edição este ano conheceu uma única alteração: foi ampliada para mais horas. “Os óticos gostam especialmente deste evento por ter, por um lado, uma componente cada vez mais profissional e, por outro obviamente, uma componente familiar em que eles reencontram os seus pares. Ou seja, nesta edição encontramo-nos mais cedo que o habitual e arrancamos com uma formação para “decifrar pessoas” com o palestrante internacional e especialista em linguagem corporal, Alexandre Monteiro”, adiantou David Carvalho. Como estratégia de alongamento da ExpoCECOP, o grupo juntou-se no domingo para formação extra. Houve assim tempo para a apresentação de uma iniciativa lançada em 2018 em parceria com a Essilor: o Cliente Mistério. “Escolhemos cerca de metade dos nossos associados para serem visitados de surpresa por esse cliente mistério, através de uma empresa externa e considerando a nossa segmentação de clientes. Os resultados gerais foram bons e até melhores do que constatámos noutros países onde estamos presentes. Depois desta ExpoCECOP vamos enviar um relatório por ótica da visita e com os pontos a aperfeiçoar. No fundo, queremos consciencializar os óticos que por vezes uma pessoas externa consegue detetar problema que o ótico, a dar o seu melhor todos os dias, nem se apercebe. Isto vai permitir melhorar as vendas”, acrescentou o country manager para Portugal. A loja que se destacou nesta iniciativa foi a Óptica Elsa, de Santiago do Cacém.
Jean De Contades em discurso direto
Portugal tem sido palco de experiências empresariais inovadoras. Vai continua a sê-lo?
Primeiro vou explicar porquê Portugal. Tem a ver com o tamanho do país, que é pequeno em números, mas completo em termos de perfis, numa amostra ampla e muito variada, próxima da realidade atual no mercado mundial. Também nos intriga a mentalidade de um país que, apesar de pequeno, tem uma capacidade incrível em fazer-se respeitar com uma cultura única em relação à Península Ibérica e aos restantes países latinos. Ao nível do optometrista e do consumidor e no comportamento nos negócios, a forma de agir e intervir é única. Apresenta-se mais exigente que a Espanha, ao nível da qualidade e do posicionamento do produto e do, por exemplo. Tendo tudo isto em conta, foi importante para a CECOP ter o David e a sua equipa na liderança, que conseguiram implementar mudanças rapidamente e de forma segura, com uma capacidade superior ara de entender as necessidades do ótico. Não tem medo dos problemas, é perfecionista e quando se entra num setor tão complexo como o da ótica e da optometria é bom ter pessoas que se dediquem a entender estas problemáticas até ao mínimo detalhe.
E o que esperar da CECOP no futuro?
Uma das vantagens da CECOP para os empresários é que se trata de uma estrutura pequena e que, graças ao visionário Jorge Rubio (CEO), tem pessoas que procuram a transformação contínua. Há já três anos que trabalhamos baseados num modelo flexível e de mentalidade start up para implementarmos os projetos de forma rápida, para perceber se funciona ou se temos que mudar. Agora procuramos as ferramentas que tornem a transformação mais rápida e exponencial. Não olhamos para a competição, mas sim para nós. Queremos ser excelentes no que fazemos, oferecendo uma solução imediata e a pensar no futuro para as óticas e para os fornecedores. Todos os nossos projetos estão orientados a esta consultoria contínuo de qualidade e que ajudam todos a vender, comprar e comunicar melhor. Somos profissionais muito competentes em todos os países, todos especialistas, responsáveis por projetos e a nossa organização já não é tão vertical. Orienta-se mais por projetos, o que é muito mais inteligente, porque cada especialista inteira-se de uma área. Somos uma boa equipa e estamos um passo à frente no que diz respeito à tecnologia. Temos expansão prevista na Europa e em todo o mundo de uma forma diferente do que se constata no setor, adaptando-nos às diferentes realidades nacionais.