A faceta portuguesa da Hoya assume os novos desafios que tem pela frente através da liderança de Carlos Matos. O mais recente country manager para Portugal está empenhado em colocar a marca japonesa de volta ao seu lugar fronteiriço no mercado, através da continuação do investimento nas relações com os profissionais da linha da frente. Uma equipa bem delineada e produtos assentes em investigação e desenvolvimento intensivo dão ao líder da fabricantes de lentes a segurança de que o seu objetivo é alcançado. A pandemia e as novas premência dos utilizadores de óculos são também fatores estudados pelos representantes da Hoya. “A indústria oftálmica vai continuar a crescer de forma exponencial. Os novos hábitos de vida da população colocam à indústria contínuos desafios, que nos permitem perspetivar um futuro promissor. A Hoya vai continuar a introduzir produtos inovadores no mercado sempre com a garantia de extrema qualidade.
O Carlos assumiu a Hoya numa altura de profundas mudanças na empresa. Qual o desafio que lhe propuseram para esta Hoya Portugal?
Recuperar a nossa posição natural na indústria mundial, significa reaver a segunda posição no mercado em Portugal. Foi aprovado um plano estratégico para a Hoya Portugal para os próximos três anos, tendo como objetivo principal sermos reconhecidos como os melhores no mercado. Ao sermos os melhores estaremos seguramente mais perto de sermos os maiores, mas com a garantia de termos um trajeto exigente, com muito trabalho árduo e bem feito.
E que estratégias já impôs desde que assumiu o cargo e de que forma a atual crise sanitária moldou esses planos?
A Hoya Portugal tem uma equipa de grandes profissionais que trabalham de forma dedicada. No entanto, tínhamos que ser mais organizados e focados nas nossas prioridades que são as necessidades dos nossos óticos. Elevamos os nossos níveis de exigência interna, adoptando critérios de avaliação da performance mensal o que nos permite monitorizar e avaliar o nosso desempenho e eficiência, para tomarmos as medidas necessárias de forma rápida e ágil. Definimos um plano baseado na confiança e na proximidade ao proporcionarmos um serviço de excelência, baseado no apoio à venda de um produto de valor acrescentado. Os óticos têm que repensar o seu modelo de negócio, em resposta aos desafios que diariamente lhes são colocados. Ou seja, o objetivo passa por dinamizar o negócio, ganhando mais. O modelo de negócio deve ser baseado num plano comercial de criação de valor, assente num conceito de venda de valor acrescentado, com formação comercial e técnica. A experiência dos consumidores no ponto de venda tem que ser positiva e geradora de confiança de modo a que o consumidor regresse e recomende a outros. Só conseguimos ganhar se trabalharmos muito e bem.
Como um verdadeiro profissional das lentes oftálmicas e com muita experiência neste segmento, de que forma viveu o desenvolvimento veloz do produto nos últimos anos?
O mercado ótico tem sofrido profundas alterações ao longo dos últimos anos a duas diferentes dimensões. Na dimensão do retalho, com o aparecimento de grandes grupos internacionais que pressionam, e muito, o mercado ótico tradicional, originando um impacto em baixa de preços numa maior degradação das suas margens. A outra dimensão surge ao nível da indústria oftálmica, com a alteração do modelo de negócio de um grande player multinacional da indústria, que desenvolve uma perspetiva de verticalização da sua operação e que passa de fornecedor e parceiro do ótico para, e em simultâneo, concorrente. Estes paradigmas colocam o mercado em grande agitação, obrigando a tomada de decisões estratégicas de parcerias, de modo a antecipar um futuro que se aproxima rapidamente.
Leia a entrevista completa na edição de março da Millioneyes