A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria marcou o dia mundial da sua atividade, com um evento online, disponível nas redes sociais e por inscrição no Zoom, a 23 de março. Sob o tema Deficiência visual evitável em Portugal. Até quando?, a iniciativa teve ao centro o presidente da organização, Raúl Sousa, que moderou uma série de apresentações e conversas entre várias personalidades da saúde nacional e internacional. O objetivo deste encontro foi sensibilizar para as causas da deficiência visual e cegueira evitáveis no país e ainda o debate sobre o que fazer em prol do futuro da visão saudável, em Portugal.
“Estima-se que 60 por cento das causas de deficiência visual e cegueira, como é caso dos erros refrativos e cataratas, seriam evitáveis se tratadas ou referenciadas atempadamente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) refere que muitas destas causas podem ser resolvidas com eficientes cuidados primários para a saúde da visão, com ganhos significativos de saúde e poupança para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). A deficiência visual é responsável pelo maior grupo de pessoas com deficiência em Portugal sendo que mais de metade das pessoas com 65 anos descreve dificuldade em ver. Constata-se ainda a maior incidência e crescente registo de miopia associada à maior utilização de dispositivos digitais e menor exposição a atividades ao ar livre por crianças e adolescentes. É urgente seguir as recomendações da OMS e integrar os optometristas no SNS.” Arrancou assim a jornada desenvolvida pela de Associação Profissionais Licenciados de Optometria (APLO). Com um painel de luxo no “palco”, Raúl Sousa deu as boas vindas aos primeiros convidados que trouxeram dados centrais sobre o estado da saúde da visão no mundo. O primeiro assunto, Vision 2020 Global Plan Action, Universal Eye Health (UEH), OMS: Conquistas, Recuos e Desafios envolveu Srinivas Marmamula, optometrista e especialista em saúde pública no LV Prasad Eye Institute, na Índia.
O outro debate foi mais descontraído, sem apresentações mas sim troca construtiva de ideias e experiências, com nomes interessantes, desde Luís Lapão do Instituto de Higiene e Saúde Tropical, passando por Henrique Martins do ISCTE Health – Instituto Universitário de Lisboa e Alexandre Lourenço, da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares até Rui Nogueira, médico de medicina geral e familiar.
A reportagem completa na Millioneyes 99.