A Millioneyes esteve frente a frente com o novo “homem forte” do grupo Optivisão, a propósito da reabertura da loja do Maia Shopping. Sob o novo conceito de loja própria com foco na experiência do consumidor, a Optivisão já investiu mais de 2,5 milhões de euros na edificação de lojas que têm tanto de minimalistas como de futuristas. É mais um passo em direção ao crescimento da rede de óticas, como nos explicou António Amorim.
Como é que a Optivisão o convenceu a aceitar este desafio?
Foi o André que é muito convincente (risos). Claro que toda a história do grupo me fascina e, agora estando por dentro e percebendo como chegámos até aqui, ainda me atrai mais. Depois da tentativa de compra por parte de um grupo estrangeiro, o grupo Brodheim inteirou-se da Optivisão e contrapôs esse episódio, apurando a comunicação, uniformizando a imagem e isso reviu-se na campanha muito bem conseguida nessa sequência, das mais emocionais da ótica. Depois houve a necessidade de se fazer todo o trabalho de back office que foi muito penoso e duro, otimizando as operações. Dentro deste pacote, vieram ainda as lojas próprias que exigiram muito tempo e que incluiu a formação das pessoas de um ponto de vista de gestão à semelhança do que aconteceu nas lojas de retalho de moda da Brodheim.
A Optivisão estava pronta para si, então.
Sim, embora eu tivesse imaginado este processo para daqui a um ou dois anos. Foi uma questão de oportunidade. Eu estava numa fase de mudança, com um convite para um projeto em Espanha. Aliás, estava a aterrar de uma das últimas vezes que lá fui quando o André me ligou e combinámos um café. Eu longe de perceber o que ia acontecer. Ele explicou-me o projeto e a necessidade de dar a volta à Optivisão. Começámos logo a pensar mais na vertente tradicional no retalho. O projeto tem muito para cumprir com uma ambição muito grande para o futuro, desenhado de três a cinco anos e com o qual me identifico em absoluto, até porque venho das raízes da ótica tradicional.
E como se posiciona o André Brodheim agora?
Ele assume um papel mais global do plano da ótica do grupo Brodheim, em Portugal e Espanha.
A responsabilidade de assumir este grupo poderoso do mercado português não o assusta?
Não, porque os desafios que vamos ter pela frente vão ser tão fortes que vão por à prova todos os que estão no setor, por isso, não há momento melhor para encaixar numa organização destas. E depois há a questão do posicionamento e tipificação daquele que é o ADN dos nossos associados. Arrisco-me a dizer que temos os melhores óticos de Portugal connosco. Tirando algumas exceções que estão fora da rede Optivisão, tudo o que são as melhores práticas do que se faz em ótica em Portugal ao nível do posicionamento, saúde visual e da aposta em equipamentos, está na Optivisão. E poucos são os que concorrem connosco neste segmento, em termos de grupos, e os que o fazem têm uma dimensão menor. Temos aproximadamente 280 lojas óticas em todo o país, com uma capilaridade impressionante. Não há localidade onde a Optivisão não esteja! Há sempre uma Optivisão próxima de todos os portugueses para assegurar cuidados de saúde visual com qualidade superior.
O que esperar da Optivisão no futuro? Querem crescer?
Nós vamos crescer! Isso é claro como a água. E vamos crescer quer do ponto de vista das óticas associadas quer das lojas óticas próprias. No norte estamos bem implementados em grande parte dos centros comerciais, faltam alguns mas é um processo orgânico e é preciso que o mercado nos dê oportunidades. A verdade é que também vamos sentir dores de crescimento, porque temos em andamento um grande processo de entradas e já estamos a olhar para o mapa e a ver áreas demasiadamente pequenas para tantas óticas. Temos que dar sempre proteção a quem está connosco. Queremos manter a liderança daquela que é a maior cadeia de retalho de ótica no país e a segunda maior em termos de vendas em valor global e para isso teremos de estar atentos. É preciso confiar, porque o futuro vai ser brilhante.
E por falar nesta aposta em óticas próprias, a do Maia Shopping reflete este sentido de futuro que o António defende.
Esta aposta na ótica do Maia Shopping é mais um passo em frente no crescimento e no futuro da rede Optivisão, de facto, bem como no crescimento de todos os nossos associados, pois podem replicar integralmente este novo conceito de ótica. A saúde visual reinventa- se e surge neste conceito de mão dada com a tecnologia, para potenciar a longevidade na performance visual. O novo espaço, de 150 metros quadrados, tem como propósito proporcionar um serviço de saúde visual inovador, desde o diagnóstico à oficina para otimizar o atendimento e melhorar a experiência da visita do cliente à ótica.
Entrevista completa na Millioneyes 123