António Alves: a Opticalia que mudou a ótica

 

São sete anos que compõem a vida da Opticalia em Portugal. E se pensámos nesta entrevista comemorativa com olhos no seu diretor geral, António Alves, cedo percebemos, já na sede da empresa em Lisboa, que não existe este diretor sem a sua equipa dirigente. Recebeu-nos como sempre e como é, de braços abertos. Chamou logo os seus fieis companheiros de trabalho diário, Joana Correia e Paulo Pereira, e sentados frente a frente revisitamos uma marca e uma empresa plena de energia e atrevimento. Tudo começou em 2012, quando se apoderaram do fabuloso auditório da Fundação Champalimaud para dizer “chegamos e somos diferentes de tudo!”

À chegada dos setes anos da Opticalia que conquistas se acumulam?

António Alves: A nossa primeira grande conquista foi passar a barreira das 100 lojas. Digamos que no primeiro ano somamos logo 143 lojas. Por acaso, ontem abrimos aqui uma garrafa de champanhe que estava destinada às 100 lojas, mas fomos criando outros objetivos e já estava há sete anos à espera e não havia maneira de se abrir a garrafa. (risos) Como foi fácil chegar às 100 nem nos lembrámos. O facto de termos conseguido comunicar com êxito com o consumidor também foi uma conquista, confirmado pelo prémio Cinco Estrelas. A presença nos Globos de Ouro trouxe-nos notoriedade e veio confirmar que a marca era válida e de confiança e que as pessoas se identificavam.

Joana Correia: Tem sido um processo com várias conquistas e acho que o primeiro foi mesmo ter tantas pessoas na apresentação da Opticalia no Auditório da Fundação Champalimaud. O António estava nervoso naquele dia!

AA: É que eu tenho essa mania de ir pessoalmente tratar de assuntos importantes e fui eu que entreguei os convites, o Paulo do outro lado também, sem intermédio de “internetes”. (risos) Tivemos mais de 200 pessoas.

Hoje há mais ótica graças à Opticalia. Que outras alterações registaram?

AA: O mercado cresceu. O que apuramos em 2017 é que o negócio da ótica superou os 600 milhões. Lembro-me que quando entrei no mercado era um terço disto, há 30 anos. Claro que, o número de lojas também subiu e, em proporção, mais do que o próprio mercado. Eu acredito, e nós somos fãs da publicidade, que o setor português cresceu porque há foco na comunicação. Estamos gratos e contentes que tenhamos “forçado” a uma reação.

O que dizer aos óticos que estão perdidos na encruzilhada do mercado atual?

AA: O que os impede de alcançar o que querem na vida? E o que é que eles querem?

JC: Acima de tudo que devem perceber que continuar a agir da forma como têm agido já não resulta. Há que fazer algo diferente para conseguirem avançar. A partir do momento que estão dispostos a avançar, então aí sim: como? O que estão dispostos a mudar? E depois interferir na forma de comunicar, na loja, no fundo em tudo. Há uma mudança de mentalidade que tem que ser feita.

Perante a visão privilegiada que têm do setor, que futuro lhe antecipam?

AA: Antecipo um futuro espetacular de crescimento.

Paulo Pereira: Nós estamos a desenhar o futuro. O exemplo disso é a campanha Desde 9,95, que aparenta falar de preço, mas na realidade trata-se de uma nova abordagem de apresentação do produto ao cliente. O que queremos é tornar os óculos acessíveis, sair desta guerra de preços e dignificar o setor da ótica. Dou-lhe o exemplo dos smartphones, alguns modelos bem caros, e que seriam “uma dor no bolso” caso se pagassem no imediato. Quase ninguém compra o telemóvel a pronto. O que se fez noutros bens de consumo, nós aplicamos aos óculos. Aliás, a DECO denunciou que cerca de 60 por cento dos consumidores assume não poder comprar óculos, porque é caro. Queremos tirar os valores altos da cabeça das pessoas e dizer-lhes que os óculos que lhes são mais adequados e do seu gosto, estão disponíveis à medida do seu budget, a partir de 9,95. Aliás, fazemos as contas ao contrário perguntando “quanto lhe cabe no seu orçamento mensal?” É uma campanha arrojada e que vem mudar o paradigma e de certeza que será reiterada no setor. Por isso se chama No Limits.