Marco Barp: Tree Spectacles e o sonho em forma de óculos

Os óculos são um assunto íntimo para Marco Barp. Faz parte do seu ADN e é a identidade da sua família. Assim nasce a marca transalpina Tree Spectacles, de um sonho, da determinação de fazer algo único e também com uma mentalidade sustentável, acompanhando as necessidades de um planeta com recursos finitos. Ao lado do pai Fiorenzo Barp e de um caro colega de profissão, Damiano Da Rold, partilha a responsabilidade de fazer crescer a marca independente e já conquistou várias fronteiras. Fieis a si próprios e a um trabalho de design peculiar e especial, os fundadores da Tree investem em novas aventuras em matérias e desenhos, indo ao encontro de verdadeiros amantes de óculos. À Millioneyes Marco Barp expôs esperanças, sonhos, ideias e uma história que enriquece o imenso mercado eyewear.

Antes de mais, adoraríamos saber a origem do nome Tree Spectacles.

Quando lançámos a marca em 2011, idealizámos o nome Tree e sentimos que era perfeito: a palavra é de fácil compreensão, internacional e explicava desde logo qual era a nossa filosofia desde o arranque. Ou seja, o nosso centro estava na natureza, na produção com matérias naturais e na manufatura artesanal. A nossa primeira coleção nasceu a partir da madeira natural. Quando nos apercebemos que na palavra Tree estava a palavra italiana tre ou três, adicionou significado pelo facto de sermos três fundadores, Fiorenzo Barp, Damiano Da Rold e eu.

Nestes últimas 10 anos de atividade consegue recordar os momentos que o fizeram acreditar que estavam no percurso do sucesso e aqueles que o fizeram ter medo pela Tree Spectacles.

Recordo-me de imensos momentos! Se tenho de escolher entre todos, então destaco dois. A primeira vez que expusemos na MIDO representou um ponto de viragem importante para nós. Reservámos um stand. Tínhamos conseguido reunir a tempo algumas amostras para expor na feira e regressámos de Milão com um número louco de reservas, mesmo sem aperfeiçoarmos as amostras. Foi o momento em que nos apercebemos que estávamos a apostar na estratégia correta e que a nossa visão era apreciada e admirada por outros! Os últimos anos também foram cruciais para nós enquanto empresa. Iniciámos o trabalho numa distribuição profissional muito forte com parceiros altamente qualificados no setor da ótica e isto parece-me uma excelente confirmação de que estamos no caminho certo e onde queremos estar. Também me pergunta por um momento difícil? Esse aconteceu depois de cerca de cinco a seis anos de atividade quando começamos a desenvolver e a introduzir novos materiais, depois da primeira coleção em madeira. Precisávamos de convencer os clientes e o mercado de que éramos capazes de trabalhos de design mais inovadores numa gama de materiais ampla e não só madeira. E claro, num ponto de mudança como este questionamo-nos se é a atitude certa. Quando se supera um desafio destes e se olha em restrospetiva para o percurso, o sentimento é incrível!

A pandemia mundial mudou o “jogo” para o setor da ótica. Como se adaptaram à nova realidade?

Precisámos de desenvolver as práticas no nosso trabalho com muito maior atenção do que no passado. Claro que, desta feita, sem viajar nem participar nas feiras de ótica internacionais. Aliás, a maior mudança que vivemos está mesmo na quantidade de horas de videochamadas e videoconferência. A ausência de certames impeliu-nos a explorar a nossa própria iniciativa e descobrir novas formas de trabalhar e mantermo-nos ligados aos mundo.

Leia a entrevista completa na Millioneyes de março.