23° Eyewear: “redesenhámos um produto contemporâneo e intemporal”

“Na natureza nada é criado e nada é destruído, tudo se transforma” é o paradigma de Lavoisier que está na base do nascimento da marca ecológica 23º Eyewear. Inspiraram-nos os desenhos inconformistas, mas acima de tudo a filosofia que norteia a marca. Por isso mesmo, procurámos Roberto Russo, o designer que idealiza esta ideia tão poética quanto funcional, transformada em óculos. Vindo de um passado rico em criatividade, desde pequenos objetos de joalharia até aos gigantes submarinos, Roberto Russo aprendeu a transferir estas experiências díspares para tudo o que desenha. Com uma passagem pela italiana Blackfin, integra hoje o coletivo conceptual Studio Russo com os seus três irmãos e com quem já criou outra marca eyewear, a Siens Eye Code, detentora de três patentes, e de onde parte a 23º Eyewear também. O seu estúdio criativo uniu ideias com o histórico produto italianoMirage Manufacturing Expertise para contar uma nova história que envolve a ética humana sobre o planeta Terra. O material saído deste trabalho conjunto chama-se Neocleus, uma síntese vanguardista entre um material biológico, uma fábrica dotada de alta tecnologia e um processo de produção inovador e sustentável que permite uma reciclabilidade sem fim. O resultado está em óculos sem género com formatos puristas que remetem para a geometria natural do que nos rodeia e tudo com o toque de luxo das lentes minerais Barberini, estudadas a pensar nesta linha em particular. Roberto Russo partilhou com a Millioneyes os desejos e projetos que fazem crescer a 23º Eyewear.

Criaram uma marca que quer contribuir para a manutenção da vida e envolvida num significado bonito e poderoso. Porque escolheram os óculos com produto central?

A marca 23º Eyewear parte da vontade de colocar o homem no centro. E o número 23 não é fortuito: é o número de pares de cromossomas do genoma humano, o ângulo entre os eixos medianos dos olhos e das órbitas, os graus de inclinação da terra, no fundo, é um número que liga o Homem ao seu planeta num ciclo natural. Nos óculos sintetiza-se da melhor forma o significado de 23. Representa o acessório que, estando no rosto, entra em contacto com mais sentidos e ao mesmo tempo é o primeiro elemento que se nota numa pessoa. Trata-se em parte de uma representação da essência humana de quem os usa. Além disso, os óculos podem viver connosco em todos os momento da jornada, são sem dúvida o acessório que mais entra em contacto íntimo com a nossa essência.

Para as matérias usadas nos produtos investiram em associações produtivas.

A escolha foi inevitável, a Mazzucchelli com o acetato M49 e a Barberini com as lentes em vidro representam as duas melhores realidades presentes no mercado nos respetivos segmentos, não só pela qualidade dos seus produtos, mas também como parceiro a nosso lado neste percurso criativo e ético.

Acredita que o futuro do eyewear global passa pela sustentabilidade? Absolutamente sim, e não só no eyewear. Não temos outra escolha.

E que sonhos têm para a 23º Eyewear?

Queremos que a 23º Eyewear se torne o novo luxo democrático, usado por todas as gerações a todos os níveis, uma marca inclusiva.

 

Entrevista completa na Millioneyes 122