20ª CONTACT_UM 25: Lentes de contacto em crescendo!

A equipa investigadora e docente ligada ao curso de Optometria e Ciências da Visão da Universidade do Minho dinamizou a 20ª edição das Jornadas Científico-Técnicas de Contactologia. Entre pesquisas de optometristas e as apresentações da indústria das lentes de contacto, vislumbrou-se o presente e futuro de um segmento que tem grande potencial de penetração. Destacou-se ainda a apresentação anual das tendências de adaptação de lentes de contacto em Portugal e em diferentes mercados internacionais, com assinatura da Universidade de Manchester e com a participação da Universidade do Minho, por Portugal. E para que ganhe mais expressão, ficou o apelo à participação massiva dos optometristas lusos num inquérito que revela a posição das lentes de contacto entre consumidores.

“É com grande entusiasmo que dou início às 20ª Jornadas de Contactologia da Universidade do Minho (CONTACT_ UM). Para nós é um marco importante e que reflete também o nosso compromisso contínuo com a excelência e inovação no ensino e na prática de optometria e, aqui em concreto, com a contactologia. Saliento a presença de 500 optometristas”, arrancou assim António Queirós, diretor de curso da licenciatura em Optometria e Ciências da Visão da UM.

Foram os membros da comissão organizadora, composta por Madalena Lira, Rute Macedo-de- -Araújo, José Gonzalez-Méijome e António Queirós que mediaram as apresentações e garantiram um programa cativante e central para os profissionais. Destacamos aqui alguns dos trabalhos expostos a 28 de janeiro.

E as jornadas arrancaram com a palestra dedicada ao panorama global da adaptação das lentes de contacto. A investigadora Rute Macedo-de-Araújo do laboratório de investigação da UM, o CEORLAB, deu voz a este inquérito que se realiza desde 1997 com publicação no meio de comunicação Contact Lens Spectrum. Já acumula mais de 70 mercados analisados com mais de 400 mil adaptações. “Em 2025 temos respostas de 19 mercados o que corresponde a mais de dez mil adaptações nos países que enviam mais do que 100 questionários ou adaptações. Temos conseguido mais do que 100 adaptações reportadas e houve anos que estivemos no limite, mas temos vindo a aumentar com 279 em 2024. O recorde que queremos bater são os 500 de 2010. A nível global tem havido um decréscimo no número de respostas, principalmente depois da pandemia”, destacou Rute Macedo-de-Araújo.

Destacou-se que, em Portugal no ano transato, 50 por cento das adaptações são novas, o que coloca o nosso país acima da média global neste aspeto. Também se salientou o facto de que, entre as lentes de contacto hidrófilas, 80 por cento do total de adaptações são as de silicone hidrogel. E as diárias continuam subir entre as preferências com cada vez mais materiais e parâmetros disponíveis, tornando-as sempre mais usadas transversalmente. A mensais continuam a descer ligeiramente ao longo do tempo embora se mantenham acima da média em Portugal, em relação a outros países, assim como as tóricas em que continuamos à frente em relação aos países destacados no estudo.

Reportagem completa na Millioneyes 141